da PESQUISA das LEMBRANÇAS MATERIAIS

sexta-feira, 7 de junho de 2013

soneto de paz indivisível (ou "guerra")

aquele exército, armado, forte e moreno
ante triste guerra, premiam e caçam sorrisos
fardas rosadas, ousadas, protegem serenos
seus lábios, seu flúor, seus dentes precisos

num dia de luta, uma trama, um sangrento triunfo
trincheiras vazias, teu sorriso árido em pleno luto
que triste dia, nublado, desgostoso vós sem teu olhar
como tiro um último suspiro, sob luz do trágico luar

que sofrerás, morto, refletindo triste brilho
ao peito, com tiro certeiro, a renúncia
é dia e sorte terrível

de sorte a ti só angústia
lutadores, milhares futuros tão distintos
e assim, sela-se a paz, indivisível

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